30/08/2011

Téti - Curta Metragem

A Naiara Scaramussa descobriu uma canção:

TÉTI - "CURTA METRAGEM" (Rodger e Dedé) - do LP
"Meu Corpo, Minha Embalagem, Todo Gasto Na Viagem" - Ednardo e o Pessoal do Ceará (1973)

Embaixo das marquises
Nem tristes nem felizes
Olhando, olhando a chuva cair
Não há nada pra ser feito
Está tudo, tudo tão direito
A noite vem chegando
Um ônibus parando
A vida, a vida é mesmo normal
Será que ninguém sabe
Aquilo, aquilo que não cabe
Nas folhas, nas folhas, nas folhas de jornal
Nas folhas, nas folhas, nas folhas de jornal
Primeiro uma atitude
Segundo algo que mude
Terceiro ação, ação de mudar
Porém nada acontece
Um táxi, um táxi aparece
Melhor, bem melhor
Melhor se desculpar

EMERSON APRILE

24/08/2011

Oração à Nossa Senhora das Marquises

Dentro do projeto do Plano Piloto de Brasília, elaborado por Lúcio Costa em 1957, havia uma área destinada à Catedral da cidade, localizada na Esplanada, "numa praça autônoma disposta lateralmente, não só por questão de protocolo, uma vez que a Igreja é separada do Estado, como por uma questão de escala, tendo-se em vista valorizar o monumento, e ainda, principalmente, por outra razão de ordem arquitetônica: a perspectiva de conjunto da esplanada deve prosseguir desimpedida até além da plataforma onde os dois eixos urbanísticos se cruzam".

Leigos transeuntes turísticos e historiadores de apressadas observações superficiais (e supérfluas) enxergam apenas a bela Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, situada à Quadra 601 da L2 Sul, como sendo a plena execução dos sonhos e devaneios do arquiteto, urbanista e professor Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa nesse trecho do seu projeto. Mas observemos melhor, irmãos, a visão profética ampliada do mestre, que tinha como axioma de vida: "não sou capitalista nem socialista, não sou religioso nem ateu"...

Vocês conhecem um lugar onde a Igreja é separada do Estado, e também é separada de todos os preconceitos, onde não se precisa saber onde exatamente cada um trabalha, se é que trabalha, onde arranjou aquele dinheiro pro churrasquinho ou pro 88, quanto deve ainda pro Juca, uma Igreja que, por uma questão de escala, desceu dos céus em forma de monolito, uma fortaleza suspensa sobre a galeria das almas que alimentam o metrô, destinada desde os primórdios a ressuscitar uma praça esquecida no Setor Bancário Sul,autônoma e disposta lateralmente aos eixos, aos pontos de táxi, às paradas do ônibus, às paradas mil, ao Calaf, à Banca do Lourenço, à Casa de São Paulo... Nossa Igreja, senhoras e senhores, valoriza o monumento, abraça sol e lua e estrelas, estações espaciais, artistas, sindicalistas e alienistas. Aqui o carro fica lá fora, a perspectiva de conjunto da esplanada do Cebolão prossegue desimpedida, livre para nossas mesas, cadeiras, nossa sala de congregação, onde alimentamos a nossa fé inabalábel de dias sempre melhores, amanhã e, por que não, hoje à noite, depois do expediente.

Irmanados seguiremos, pois, em nossa procissão protegidos, não só por questão de protocolo, mas por amor àquilo que cremos, à nossa liberdade. Saudemos nossa Catedral Metropolitana de Nossa Senhora das Marquises!

Emerson Aprile.

23/08/2011

Os brutos também amam


Os machos do churrasquinho do bigode não comem mel, mascam a abelha! Ali não tem espaço para frutinhas não, cerveja se bebe é na lata mesmo! Comida é algo apenas para matar a fome, não vem com nojinho não!!! É Suan de porco, é Tatupeba, Tatu-bola, é Gambá-de-orelha-preta (Saruê), Pato, Capivara e Jacaré ou seja, qualquer coisa que arraste a barriga no chão, e não necessariamente nesta ordem!

O macho no bigode não usa palitinho para pegar seus petiscos, é na mão mesmo! Come até roer o osso, e acreditem, quando as beldades aparecem para nos dar o ar da graça, não tem cerimônias não, o primeiro a se servir sempre será o macho alfa, mulheres e crianças primeiro, nem com a terceira trombeta do anjo do apocalipse!!! Sentamos-nos mesmo é na cabeceira da mesa!!!

Quem vai ao bigode realmente deve conhecer os magnânimos que fazem o churrasquinho acontecer, são eles:

Chaguinha! (esse som remete a algo parecido com "mais uma cerveja!"),

Bigode! (significa pendura essa minha conta),

Juca! (Cadê meu churrasquinho de gato!),

Amendoim! (Cadê aquela dose?),

Adelson! (Arruma ai uma mesa pra sentar, caralho!!!)

É... Ali é assim, onde os fracos não têm vez e os brutos também comem feijão, estamos ali por um punhados de dólares, ali somos os homens sem nome e onde o passado não perdoa.


JB.

22/08/2011

AS MEDONHAS!!!!

Ai , hoje acordei com uma saudade da marquise !! Incrível porque ontem sexta-feira me encontrava lá com João ,Raquel Bueno, Emerson, Bigode e todos!!
No inicio bateu um vazio ,alguma coisa estava diferente pensei que fosse eu . Pensei em varias coisas , porem depois de alguns minutos pensando(e não fedeu rsrsrs)descobri que o vazio era a falta do Paulo Henrique Almeida Carvalho..... Pois é,a ultima vez que foi no churrasquinho foi na despedida dele!!Ooo amigo que falta você faz!Sua risada, as palavras sabias,muitas vezes não compreendida pela Raquel kkkkkkkkkkk nem por mim, porem sua paciência e educação de fingir que nem percebeu nossa ignorância ,as piadas enfim tudo faz falta!! Pra te deixar feliz mais com saudades vou te contar como foi ontem!!!

O Joao Batista ontem veio nos ensinar como pegar na mãos de alguém quando vem me cumprimentar!!!Rs, sim... Ele falou que eu não sei , que eu pego e não aperto direito na mão das pessoas kkkkkkkkkkk...Pensando: Poxa eu tenho que pegar e apertar???Ja to fazendo muito de estender a mão,rsrs ele falou que tem que ser forte ,pronto so isso virou motivos pra risadas e muitas piadas ,uma delas foi : ok, João quando alguém vier eu paro aperto a mão e digo só um minutinho, dou uma coçada la pra fingir que tenho saco daí fica tudo certo!!! Pois é; ninguém se conteve ate o Bigode ria da besteira que soltei...Vi Raquel dança quase ate o chão com o Emerson(é o menino que come coisas estranhas ,rsrs COMIDA)..

Muito gente boa!Enfim foi muito bom , brinco dizendo que ali é curativozinho do bigode porque sempre que tenho uma feridinha e vou pra la volto renovada...E fico assim como agora lembrando das besteiras, brincadeiras ,risadas e da falta que você fez e faz!!Mais sei que voltara pelo menos pra visitar .

Ju.


19/08/2011

Bebemos pela Marquise


Existe uma coisa curiosa neste mundo moderno. Estamos em meio a tanta informação que essa quantidade exagerada e sem um controle para adquiri-los, faz com que se crie um ser humano codificado com um tipo de conhecimento digno de ser estúpido.
A grande massa de informações, que vem como tiro por todos os lados dos seus sentidos e, acentuando a isso a grande quantidade de resposta que ele é obrigado a dá, mais um tanto outro de perguntas para suas ações diárias que não se admira, que esse homem não passa de um compilador sem inteligência.
Não há tempo hábil para que esse homem reflita sobre o que ele consome, esse alimento lhe chega a boca e nem chega a ser degustado. Logo ele apenas vomita o que acabou de engolir.
Não há neste mundo homens de verdade? Seres pensantes? Será que todos eles se esconderam em mascaras e atrás da gaia ciência aplicada? Onde podemos encontrar os filósofos de outrora? Viveremos décadas diante deste silencio intelectual? Acredito que eles estarão embebedando-se na Marquise em busca da antiga metafísica, ou transformando-se nela em algum tipo e poeta à margem da sociedade! Estamos no vácuo, pois em ambos os casos, quase que com a certeza universal, não mais existe espaço neste mundo para tais seres humanos.

JB.

17/08/2011

A paz dos inquietos





Eles vivem em eterna tensão, para o bem ou para o mal; só não podem é ficar parados. Os caminhos que escolhem são sempre os mais difíceis.
É A INQUIETAÇÃO; ou você nasce com ela ou não, e se nasceu, vai passar a vida inteira com uma pressão no peito e outra na alma, querendo entender e não entendendo, trocando de casa, de objetivo, de marido e de analista, sem chegar, nunca, a uma conclusão.
Um inquieto não tem sossego: se é pobre, gostaria de ser rico, se é rico, acha que o dinheiro atrapalha e que talvez fosse mais feliz se morasse numa pequena cabana.
Se é inverno, ele se lembra com saudades do verão, mas se está debaixo do mais lindo sol, pensa em como seria bom se estivesse em Gramado no inverno, de botas, tomando um chocolate quente.
Não é que ele queira sempre o que não tem; apenas não consegue viver o momento presente - não em paz. Ou está lembrando do passado ou pensando em como vai ser bom quando o futuro chegar. É duro fazer parte da tribo dos inquietos. Com eles não há risco de monotonia; acordam te sufocando com beijos e abraços ou na mais fria das indiferenças, e o pior: sem saber o porquê.
No meio do dia podem telefonar como a mais dócil das criaturas, sem conseguir explicar por que foram tão insuportáveis horas antes. Nem explicar, nem entender. É dura a vida dos que vivem perto de um inquieto. Mesmo quando está tudo bem -o amor perfeito e o trabalho legal, alguma coisa atrapalha: é a tranqüilidade. Como é possível alguém viver em paz e em harmonia com as pessoas e com o mundo? Difícil de responder. Difícil, a vida dos inquietos, e ninguém imaginaria o quanto essas pessoas tão vitais - porque vitalidade é o que não lhes falta - sofrem, mas que ninguém confunda sofrimento com infelicidade.
Nada a ver. Para eles nunca há paz; há momentos de intensa e fugaz felicidade, mas paz, nunca. O grande momento dos inquietos é quando eles começam a planejar uma mudança de vida, seja essa mudança quebrar uma parede, mudar de profissão ou de país.
Eles vivem em eterna tensão, para o bem ou para o mal; só não podem é ficar parados. Os inquietos não se conformam com nada que se pareça com a estabilidade, e por isso os caminhos que escolhem, sejam eles quais forem, são sempre os mais difíceis. Os inquietos não sabem viver sem uma complicação, e a luta para eles é sempre melhor que a vitória.
Eles não compram, jamais, uma casa de campo pronta, mas um terreno; levam dois anos para construí-la e mais dois fazendo o jardim, decorando etc. No dia em que ela fica pronta, as flores crescidas, ele sente um grande vazio - que só se resolve quando encontra um comprador.
É que assim eles passam a maior parte da vida, com algumas pausas para refletir por que são assim e como poderiam se aquietar, para serem mais felizes; para encontrar uma certa paz, talvez - só que não conseguem.
Mas um dia eles compreendem que essas pausas foram tempo perdido e teria sido mais simples se tivessem reconhecido, há muito mais tempo, que com eles não há nada a fazer, e que é impossível mudar.
E é melhor que não saibam nunca: se souberem, terão, de uma certa maneira, encontrado a tal da paz - o que para eles pode ser fatal.

Fonte: http://entrelacos.blogger.com.br/ - Autor Danuza

 
Post: JB

16/08/2011

Lições do Churrasquinho do Bigode

1) Acima de tudo, evite falar de si mesmo.
2) É melhor recusar um favor com classe do que garanti-lo vergonhosamente.
3) Olhos e ouvidos abertos, e boca quase sempre fechada.
4) Piadas ruins e risada alta fazem você parecer um bufão.
5) Nunca pareça mais sábio e mais inteligente do que as pessoas que estão a ser redor.
6) Não admire nada exageradamente.
7) Faça apenas uma coisa por vez.
8) A paciência é o único meio de fazer que as coisas ruins não piorem.
9) Seja sério, mas não enfadonho.
10) Fale com frequência, mas jamais longamente.

JB.